sábado, março 26, 2005

quando a TV se chamou de amador [II]

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-cartão de QSL confirmativo de contacto sstv.1973-
documentos"hamcurriculares"

às vezes penso na diferença e no prazer,
de comunicar em SSTV, por exemplo, nos anos 60/70.

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A diferença das comunicações deste tempo
e a actualidade é, apenas de conteúdo.

Se considerarmos a evolução tecnológica das comunicações de som e imagem "digital", nas telecomunicações de amador, verifica-se que nos anos 70 um QSO em SSTV tinha uma dinâmica de imagens de 8 em 8 segundos, com uma determinada sequência que permitia a retenção de um grupo de 3 ; 4 ou mais frames de imagens, gráficos ou legendas. Isto é, conseguia-se produzir um pequeno programa de SSTV de 5 frames, em apenas 30 segundos. Quero com isto dizer que, com o modo e tecnologia de há 30 anos o radioamador comunicava "virtualmente" em Slow Scan Tv [SSTV] quase como em fast-scan [ATV], dado o encadeamento contínuo da sequência dos cinco frames se efecturem no-ar e em directo. Os QSO's actuais, grande parte deles são despersonalizados. A seca de esperar quase 2 minutos (?) que se forme uma imagem a cores é perfeitamente anacrónico num sistema de emissão que necessita, principalmente, de uma motivação. Dir-me-ão,"...ah, é o prazer de receber uma imagem e de enviar outra a um correspondente a mais de 3 mil quilómetros" Certo. Mas a única coisa em que difere do anterior sistema é a foto ou desenho, ser enviado a cores, com temas que vão desde a pornografia, ao gatinho ou à fotografia à maneira de galã dos anos 40. Então como é? O que podemos transmitir? - perguntarão. Apenas um QSL electrónico, matéria que só por si justifica a existência de um comunicado DX - digo eu. Tal acontece nos comunicados em SSTV da estação espacial MIR. A imagem que os astronautas enviam de confirmação do QSO com a Terra, tem uma leitura científica, e uma linguagem técnica de radioamador que nos agrada receber independentemente da actualidade e da notícia do acontecimento. Esta é uma via que supera o CW e a Fonia: um cartão electrónico que pode constar no currículo do Radioamador que se preze. Agora é só pensar um bocado. Vale a pena perder tempo com uma imagem que se transmite em 2 minutos [que equivale, no anterior sistema, a 15 frames] ou repensar os conteúdos da imagem a transmitir, num tipo de mensagens como a da estação MIR, a saber: imagem do correspondente no interior da cápsula, onde se vê o equipamento de radioamador que enviou a imagem, a hora , a distância da Terra e uma pequena informação meteorológica? Esta é a verdadeira dinâmica de uma imagem estática que "nos fala". Assim já começa a ter interesse porque nos apresenta uma imagem de 6 informações importantes, e que são notícia.

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